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Férias e Reversibilidade - Compreenda esta relação

Férias e Reversibilidade - Compreenda esta relação

Reversibilidade: Quando se para de treinar, quase todas ou se não todas as
adaptações conseguidas ao longo de muito treinamento são em questão de semanas
revertidas, reduzidas a níveis iniciais. Quando o indivíduo fica ausente das atividades
físicas desenvolvidas por um determinado tempo devido as férias, a pessoa deixa de
exercitar-se o que pode trazer um pequeno declínio funcional dependendo do tempo
da ausência. Essa interrupção resulta em perdas de adaptações adquiridas com o
treinamento, provocando prejuízos no desempenho ao diminuir a capacidade de
realizar um esforço (DE BARROS FILHO, 2012). A atividade física facilita a realização
de atividades cotidianas devido ao aumento da força, resistência aeróbica e
flexibilidade, resultados esperados da prática regular (COELHO; MICHELIN; BURINI,
2008). De acordo com Gasparete et al. (2010), os profissionais envolvidos com a
prescrição e orientação de exercícios consideram o destreinamento como a
interrupção do programa de treino. Desta forma, ao pensarmos na prática das
atividades físicas, estas devem ser frequentes, contínuas e regulares, para que
possamos manter as adaptações e benefícios delas decorrentes. Toda atividade
corporal ou esportiva tem seu espectro de efeitos específicos, e com isso, suas
vantagens e desvantagens. Tanto para os mais jovens como para os mais velhos a
atividade física e o esporte representam a grande possibilidade de prevenção contra
os males que afetam o bom funcionamento orgânico e que podem estar associados
aos padrões de inatividade física. As atividades utilitárias do nosso dia a dia
contribuem para nos mexermos, porém não substituem o exercício físico e o
esporte. Nosso organismo precisa de movimento, necessitando diariamente deste
estímulo para o aprimoramento ou manutenção da capacidade física, em especial nas
fases de crescimento e envelhecimento, e também na recuperação e manutenção
após doenças ou mesmo nos casos em que a interrupção do treinamento não é uma
escolha ou opção. Assim sendo, a compreensão sobre o processo do destreino
permite ao profissional de educação física adotar estratégias para o manejo da
redução progressiva do efeito do destreinamento, como recomendar aos
praticantes/alunos que mantenham uma atividade física externa ao ambiente de treino
para que os prejuízos não sejam tão grandes. Além disso, reavalia as condições de
retomada e revisa a orientação do exercício respeitando os novos estágios
adaptativos. Para aqueles que realizaram uma pausa importa saber que este efeito
físico e funcional é esperado, que não se retorna com a mesma aptidão que saiu e que
deve seguir as novas orientações para a recuperação da condição física sem
prejuízos, favorecendo um retorno mais rápido da sua aptidão física.
 
Janaína Gomes Medeiros
Fadergs- 7º Semestre 
Estagiária de Educação Física - PIAFI