Logo PIAFI

Ginástica de Manutenção: A prática e seus benefícios para a pessoa idosa

Ginástica de Manutenção: A prática e seus benefícios para a pessoa idosa

A ginástica de manutenção também conhecida como treinamento funcional é uma modalidade que visa desenvolver o condicionamento cardiorrespiratório, muscular como também o equilíbrio e a flexibilidade. Todas estas capacidades físicas são habilidades que utilizamos nas atividades do cotidiano. A manutenção promove importantes melhoras destas capacidades físicas que diminuem no processo de envelhecimento (CRUZ, TOUGUINHA, 2015). De uma forma geral, é uma maneira de  uantificar o quanto a pessoa idosa é ou não capaz de realizar suas atividades diárias (AVDs) para cuidar de si mesma e de seu entorno (DUARTE, ANDRADE, LEBRÃO, 2007).
Algumas capacidades físicas declinam com o processo de envelhecimento como a força, equilíbrio e a flexibilidade que começam a ser comprometidas e impactam na aptidão física geral, tanto no sexo feminino quanto no masculino
(SANTOS, SICHIERI, 2005). Particularmente na força de preensão manual ocorre um declínio anual de 0,6 a 1,0% e na força de membros inferiores de 1,4% (MATSUDO, MATSUDO, BARROS, 2000).
A ginástica de manutenção caracteriza-se por ser uma atividade dinâmica e coletiva com a combinação de exercícios que podem ser executados através de circuito, treino intervalado entre outras formas de organização da sessão.

Ao aplicarmos a modalidade no modelo de treino intervalado intermitente aprimora-se o condicionamento cardiovascular, aumentando o volume máximo de oxigênio (Vo2 máx.), o que contribui para diminuição do cansaço, redução da pressão arterial e desenvolvimento de maior autonomia para realizar as AVDs (HAGERMAN et al., 2000). Nas rotinas das sessões de treinamento, não são necessários o uso de grande número de equipamentos ou uma estrutura muito complexa. A modalidade tem como fundamento usar movimentos simples do cotidiano. Os movimentos executados possuem uma característica de integrar o trabalho de grandes grupos musculares (FERREIRA et al.,2002).

Principais benefícios da ginástica de manutenção:
 Melhora a condição cardiorrespiratória;
 Aumento da força muscular;
 Melhora da flexibilidade;
 Melhora do equilíbrio;
 Diminui a gordura corporal;
 Aumenta a massa muscular;
 Promove a socialização;
 Melhora o humor;
 Ajuda manter a saúde cerebrovascular;
 Melhora a autoeficácia e a autoestima.

Frente as significativas mudanças que decorrem na aptidão muscular e cardiorrespiratória, a prática da ginástica de manutenção está disponível na grade de horários do PIAFI, oportunizando uma gama de horários com o intuito
de incentivar a frequência assídua dos alunos nessa modalidade.
Em síntese, a ginástica de manutenção melhora a qualidade de vida funcional, psicossocial, emocional e física da população idosa, contribuindo para a melhora dos aspectos cognitivos favorecendo a propriocepção e a força
muscular além de diminuir o risco de quedas (TEIXEIRA et al., 2010). Dessa forma, a prática de ginástica de manutenção auxilia na promoção de uma longevidade mais saudável.

Michelle Peixoto Gomes
Acadêmica do Curso Bacharelado em Educação Física na Faculdade Sogipa-
6°semestre.

Referências:
CRUZ, Renan Motta; TOUGUINHA, H. Efeitos do treinamento funcional na melhora das
atividades da vida diária de idosos. Rev. Saúde em foco, 2015.

DUARTE, Y, A. O.; ANDRADE, C. L.; LEBRÃO, M. L. O Índex de Katz na avaliação da
funcionalidade dos idosos. Revista Escola Enfermagem/USP, 2007; 41(2):317-25.
FERREIRA, I. L. C. et al. Efeitos do programa de treinamento funcional na qualidade de vida de
idosos: revisão de literatura. Caderno de Educação Física e Esporte, 2022; 20(1).
HAGERMAN, F. C. et al. Effects of high-intensity resistance training on untrained older men. I.
Strength, cardiovascular, and metabolic responses. Journals of Gerontology - Series A
Biological Sciences and Medical Sciences, 2000; 55(7)336–346.
LIMA GA. et al. Estudo longitudinal do equilíbrio postural e da capacidade aeróbica de idosos
independentes. Ver Bras Fisioter. 2011; 15(4):272-7.
MATSUDO SM, MATSUDO VK, BARROS TL. Impacto do envelhecimento nas variáveis
antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Ver Bras Ciên Mov. 2000;
8(4):21-32.
SANTOS DM, SICHIERI R. Índice de massa corporal e indicadores antropométricos de
adiposidade em idosos. Rev Saúde Pública. 2005; 39(2):163-8.
SEEMAN TE. et al. Predicting changes in physical performance in a high functioning elderly
cohort: Mac Arthur studies of successful aging. J Gerontol. 1994; 49(3):97-108.
SILVA-GRIGOLETTO. et al. Treinamento funcional: funcional para que e para quem? Revista
Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. 2014;16(6):714-19.
TEIXEIRA, L. Progressive load training for the quadríceps muscle associated with propriocepti
on exercises for the prevention of falls in post menopausal women with osteoporosis: a
randomized controlled trial. Osteoporosis International. 2010;21(4):589-96.